domingo, 22 de maio de 2011

Aquela que te faz sorrir..



Quem é essa que chora ouvindo música, e se pega rindo, irônica e erroneamente, quando a briga é séria? A moça que não vive mas sobrevive sem doce após o almoço, e se uma soneca no meio da tarde tirar, muda o humor como quem vasculha o próprio armário: à procura do espírito que sirva e agrade. Experimenta. Troca. Aprova, mesmo sabendo ser pouca a duração da escolha. Não fosse por um olhar mais atento, quase não reconheceria.

Menina que olha encantada a natureza, sente-se perdida, iludida, mas no ato sensata.
É a mesma donzela que chega em casa, e cozinha. Reencarna a Ana Maria Braga distinta que há meses nela se perdeu. Sal de menos, açúcar demais e: nada de paixão. Vai de regata pro sol escaldante lá fora, dourado, louro, efusivo; todo seu. Em plena civilização, o ritmo do dia correndo às pampas, e o corpo estacionado em direção ao princípio da existência, à estrela maior. Música nos ouvidos, olhos reclusos, quase sono. Redescobre astros e constelações no céu azulado, esquece as cortinas abertas e se manda pro banho de horas. Se desdobra para não dar show aos vizinhos, de toalha no corpo e cabeça.

Finge a surdez quando chamada, esquece dos livros, do foco, e troveja a voz, quando a urgência se apresenta. Dama paradoxal, quer os leões do sacrifício diário todos vivos: seus percalços são como bichanos de estimação. Zelo comum: recíproco. Alimento e carinho em troca de resguardo. Para que a cuidem quando a vida quiser a engolir, para que a protejam, vociferando os percalços do caminho, um a um. Cansada de ser várias sem agrado e aplausos exaustivos, quer ser apenas essa uma que dê certo, que ganhe o papel no fim do teste.

Dentro do que é, tantas. Em cada uma delas, a mesma, na versão atualizada do que o momento pede, a hora necessita. O encontro da parte sensível, com a brava. A mistura de ser impulso com precaução, instinto e admiração. Deixar que a louca se vá, para que venha a calma. E quando o tempo esquenta e chove inteirinho por dentro dela, as borboletas voam, dançam causando arrepios, há! ja ia me esquecendo delas.

Na fuga da ansiosa, se deparar com a compulsiva. No rito interminável de se redescobrir, é que aos poucos se fragmento. É no sono dela que começam seus sonhos; e ao vivo, que encontra determinação para realizá-los. Definir não limita, impossibilita. Aborta espontaneidades e futuras surpresas. Que é quase outono, e não há porque sacrificar os desafios do caminho: nesses que verdadeiramente nos encontramos, pelas beiradas. Os leões tem de ser cuidados e acariciados, com cuidado e parcimônia. Que é quase outono, e o abrigo é necessário: o pior frio é o que congela a alma e impede movimentos.

Te pedes para escutar, ler, falar. Te olhas com um jeito que te faz partir pra otro patamar, te encanta quando sorri, boba ao te ver. Te pede mil razões pra poder voar, tem medo de altura e só você não vê, mas tem a certeza que quer contigo viajar, te faz sonhar com ela sem nem perceber, e o perfume dela sem nunca ter sentido você inala no ar. Te escuta, arranha, briga.. mas é pro seu bem ó! Se preocupa quando a noite vem, parece impulsiva mas é só anciosa, aquele jeito aquariana que faz dela a mais singular e teimosa, te mostra como a vida eh linda de viver, te faz querer mais só de isso ler.Sabe que agora é até o fim, deixa a MarKah dela e sai sabendo que depois o celular dela toca.

Um comentário:

  1. Essa menina é legal, apesar de eu conhecer ela bem pouco tempo, vi q é uma pessao sincera, agradavel de se conversar, meio louca e pareçe ser tbm um pouco romantica, não tenho certeza, só concluo q ela pra mim já é uma grande amiga, não sei se ela pensa o mesmo, mas eu a considero, bjos e abraços my fried.... é Nóissss

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